América Latina

Assembleia Nacional quer evitar mais um mandato de Maduro na Venezuela

Maduro assume o segundo mandato na próxima quinta-feira

Após ser eleito presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o deputado Juan Guaidó, do Partido Vontade Popular, disse neste sábado (5) que o Parlamento vai atuar para impedir mais um mandato do presidente Nicolás Maduro, cuja posse está marcada para a próxima quinta-feira (10).

Segundo Guaidó, o roteiro para "restabelecer a ordem constitucional" no país passa por três etapas: "cessação da usurpação, governo de transição e eleições livres para responder imediatamente à crise". "O povo da Venezuela e a comunidade internacional podem ter certeza de que, como presidente da Assembleia Nacional, assumiremos a responsabilidade de tomar todas as decisões necessárias para facilitar a transição", disse.

Grupo de Lima

Criado para buscar uma saída à crise venezuelana, o Grupo de Lima, formado pelo Brasil e mais 13 países, defendeu que Maduro não assuma no próximo dia 10 e transfira o poder ao Parlamento. O Grupo de Lima avaliou que não há legitimidade no processo de reeleição de Maduro, mas condenou qualquer possibilidade de intervenção no país vizinho.

Governo venezuelano

Em resposta à Declaração de Lima, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, disse em pronunciamento, na sexta-feira (4) à noite, que Maduro tomará posse na próxima quinta-feira, "legítima e constitucionalmente", para exercer o mandato de 2019 a 2025. "Para isso, não precisa da aprovação de nenhum governo estrangeiro", afirmou.

O chanceler disse que o governo venezuelano recebeu com "perplexidade a extravagante declaração de um grupo de países americanos que acordaram dar um golpe de estado na Venezuela". "Desconhecem o governo democraticamente eleito e as instituições legitimamente constituídas", declarou.

Arreaza lembrou que Maduro foi eleito em maio do ano passado, com 67% dos votos válidos, em um pleito com observadores internacionais e submetido a auditorias externas. Disse ainda que a Venezuela responderá a todos os países que apoiaram a Declaração de Lima: "Nenhum país vai intimidar o povo venezuelano". 

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